O plano A - Quarta parte
Segunda-feira, 30 de maio de 2011.
Quarta parte.
Quando voltei ao Brasil, senti - me desanimada e perdida. Tudo voltaria a ser como antes, sem novidades, sem amigos, sem algo novo para variar. Resolvi então, estipular uma data para uma transformação em minha vida: estava em meados de fevereiro e teria até julho daquele ano para me renovar.
Em março, mais precisamente no dia do meu aniversario, eu fiz uma promessa para São José: Pedi para encontrar um homem bom, que me fizesse feliz. Em troca eu ficaria sem comer chocolate até o ano seguinte.
No mês seguinte, decidi matricular-me em um curso técnico em Instrumentação Cirúrgica em São Paulo. O curso teve inicio em junho, sempre aos sábados. Minha turma de 80 pessoas era formada por 90% de profissionais da saúde e o restante, no qual em me encaixava estavam ali a procura de oportunidades melhores. Acredito que eu era a única nesse grupo que queria um cargo “pior”. Eu adorava acordar as quatro da madrugada, pegar o ônibus das cinco e seguir a minha jornada até a estação da República, onde se localizava a escola.
Tempos depois tudo voltou como antes, só que melhor: eu tinha amigos, tudo caminhava bem no meu curso e logo eu iria começar meu estágio no centro cirúrgico de um hospital. Mas eu sentia que me faltava algo, ou melhor, alguém.
No dia primeiro de novembro, meus pais e eu fomos para São José dos Campos para a comemoração dos 80 anos da minha avó Santa. Todos sabiam da minha promessa de jejum de chocolate e minhas tias fizeram bolo branco e beijinho. Porém, naquele dia, minha tia Sandra me contou que também fizera a mesma promessa, só que a escolha dela fora Tamarindo.Ela disseque a promessa já havia se realizada e eu em silencio me revoltei. Diferentemente da minha tia, era um martírio para mim me privar de chocolate. No entanto, minha promessa estava longe de se realizar. Pelo menos era assim que eu pensava até aquele instante...
Nada me tira da cabeça que Deus e São José intercederam por mim justamente no momento da minha revolta, pois quando cheguei de viagem naquele domingo, notei que alguém “visitou-me” no Orkut e um dia depois eu comecei a falar com aquele que seria o meu homem bom; o amor da minha vida.