A pena e o camelo
Sexta – feira, 03 de junho de 2011.
Essa semana tem sido difícil para mim. Estou estressada e o rancor tomou conta do meu ser. Não consegui dormir direito sequer um dia. Está tudo dando errado...
Na tentativa de relaxar resolvi escrever esse artigo, mas tudo o que consigo pensar é fábula que li certa vez em um livro do Paulo Coelho ilustrado por Mauricio de Souza:
“A pena e o camelo”
Às vezes nos irritamos com reações exageradas de nosso próximo. Fazemos um pequeno comentário, uma brincadeira - e eis que a pessoa chora, ou se revolta.
Uma lenda do deserto conta a história de um homem que ia mudar-se de oásis, e começou a carregar seu camelo. Colocou os tapetes, os utensílios de cozinha, os baús de roupas - e o camelo agüentava tudo.
Quando ia saindo lembrou-se de uma linda pena azul que seu pai tinha lhe presenteado.
Resolveu pegá-la, e colocou-a em cima do camelo. Neste momento, o animal arriou com o peso, e morreu.
"Meu camelo não agüentou o peso de uma pena", deve ter pensado o homem. Às vezes pensamos o mesmo do nosso próximo - sem entender que nossa brincadeira pode ter sido a gota que transbordou a taça do sofrimento.
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Sinto – me como esse camelo, obrigado a agüentar todos os pesos de julgamentos, de cobranças, de desconfiança...
Espero que a pena azul nunca seja colocada sobre minhas costas.